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Nos 30 anos de sua morte, relembre 10 grandes momentos de Raul Seixas

Nome maior do rock brasileiro morreu em 21 de agosto de 1989 aos 44 anos

Publicada em 22/08/19 às 11:18h - 387 visualizações

por Rádio Alerta FM


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 (Foto: Google)
Há exatos 30 anos, Raul Seixas, nome maior do rock brasileiro, morreu prematuramente aos 44 anos, vitimado por uma parada cardíaca - o músico era diabético e sofria também com o alcoolismo. Apesar de breve, Raul deixou uma obra vasta e que segue atual, como pode ser comprovado com os dez vídeos abaixo que trazem o cantor e compositor em diversas fases de sua carreira e ajudam a explicar a sua importância e o porquê de sua obra ainda manter-se atual.



"Ouro De Tolo" - 1973

Raul Seixas não era nenhum garoto novato quando lançou seu primeiro disco solo em 1973. Ele já havia lançado um LP com seu grupo Raulzito E os Panteras, em 1968, e também um trabalho coletivo ("Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10") em 1971. Ele também foi produtor na CBS e compôs canções para artistas tidos como "brega" (como "Ainda Queima A Esperança" gravada por Diana).

Ainda assim, era difícil imaginar que aquele ex-executivo de gravadora iria revolucionar a música brasileira e gravar um dos grandes discos de nossa música.

Mas foi exatamente isso que aconteceu com "Krig-Há Bandolo", um álbum cheio de faixas antológicas como "Metamorfose Ambulante", "Al Capone" e "Ouro De Tolo".






"Gita" - 1974

A mística "Gita" foi o primeiro grande sucesso popular de Raul com sua letra misteriosa e arranjo grandioso. A faixa saiu do disco homônimo, que também tem "Medo da Chuva", "O Trem das Sete" e "Sociedade Alternativa".





"Sociedade Alternativa" - 1974

Espécie de carta de intenções de Seixas e seu parceiro Paulo Coelho, a música cita o mago ocultista Aleister Crowley e é bem representativa do clima da época, marcado por anseios de liberdade e interesse no esoterismo.





"Tente Outra Vez" - 1975
Apesar de não ter feito o mesmo sucesso que os dois discos anteriores, e também do posterior, "Novo Aeon" de 1975, é, para muitos fãs e jornalistas, o seu grande álbum. O próprio Raul o tinha em grande conta. O álbum certamente traz a parceria Raul-Paulo Coelho em grande fase, então surpreende que muitas de suas faixas tenham sido descobertas nos anos seguintes, o caso de "A Maçã", "Tu és o Mdc da Minha Vida" e, claro, "Tente Outra Vez", que se tornou um verdadeiro hino de inspiração, daqueles capazes de superar toda e qualquer barreira e atingir com intensidade pessoas das mais diversas.





"Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás" - 1976

"Há 10 Mil Anos Atrás", é provavelmente o menos celebrado dos quatro discos que formam a chamada "fase imperial" de Raul Seixas, também porque seria difícil manter o mesmo nível dos três anteriores, todos considerados fundamentais na história da música brasileira. Mas isso não significa que o álbum não tenha vários atrativos, "Canto para Minha Morte", "Meu Amigo Pedro" e "Eu Também Vou Reclamar" são antológicas. A quase faixa titulo fez muito sucesso e segue como uma das canções mais conhecidas do artista.





"Maluco Beleza" - 1976
Depois de lançar quatro discos de material original na Phillips/Polygram (e mais dois discos com covers de rock dos anos 50), Raul foi para a WEA, onde lançou três álbuns. Desses, o mais conhecido é o primeiro, "O Dia em Que a Terra Parou", de 1977, que trazia uma das canções símbolo do cantor, a antológica "Maluco Beleza".





"Rock Das Aranhas" - 1980
Essa música, que certamente soa pra lá de politicamente incorreta para os novos ouvidos e também teve sua execução proibida na época, é um dos destaques do bom disco que Raul gravou em 1980 pela CBS. Esse é um trabalho que merece ser mais conhecido também por trazer outros grandes momentos, como "Aluga-se", "Anos 80" e "Só Pra Variar"





"Carimbador Maluco" - 1983

A última década de Raul seixas foi complicada. Dependente de álcool, com fama de causador de problemas e fazendo poucos shows, é incrível que ainda assim ele tenha conseguido gravar seis discos de estúdio no período (incluindo o trabalho feito em parceria com Marcelo Nova). Discos estes que foram lançados por cinco gravadoras diferentes e tiveram graus variados de sucesso.

Os três álbuns dele lançados na primeira metade da década têm excelentes momentos, mas a canção que marcou esse período - e também o fez renascer comercialmente - foi "Carimbador Maluco", gravada para o especial infantil da Globo "Plunct, Plact, Zuuum" que foi ao ar em junho de 1983.

Apesar de sua estrutura de canção para crianças, a faixa tem uma letra bem complexa e quase subversiva. Isso porque ela adapta as ideias do pensador anarquista Proudhon ("Ser governado significa ser observado, inspecionado, espionado, dirigido, legislado..." de "A Ideia Geral da Revolução) para o ambiente lúdico da canção (e do programa televisivo).





"Cowboy Fora Da Lei" - 1987

Os álbuns finais de Raul Seixas são irregulares, obras feitas por um artista já extremamente debilitado. Ainda assim todos eles têm momentos de brilho. O cantor teve seu último grande sucesso comercial com esse bem-humorado country rock que o levou de volta às rádios e TVs de todo o país em 1987.






"Pastor João E A Igreja Invisivel" - 1989

Essa divertida faixa foi um dos destaques de "A Panela do Diabo", o derradeiro disco de Raul, que foi gravado em parceria com o conterrâneo Marcelo Nova depois de uma bem sucedida turnê nacional. O disco chegou às lojas dois dias antes da morte do artista.






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